quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Tropa de Elite

A receita pegou e tem dado certo! Com histórias de vida de um ou mais personagens envolvidos no mundo do crime, as cenas são construídas, ligadas e emplacadas. Aquilo que está na tela nós conhecemos; supomos e somos informados rotineiramente por fragmentos noticiosos; no entanto, renegamos e jogamos de tempo em tempo ao esquecimento. Em intervalos que coincidem com a nossa displicência quanto à violência, filmes como Tropa de Elite (Brasil 2007, Direção de José Padilha) “erguem-se” como um soco em nossa face. E o público, a cada filme do gênero, oferece o outro lado. Talvez, para deparar-se com uma realidade que não gostariam de viver, mas, anseiam por contemplar.

As histórias de um batalhão especial da policia carioca, antes de clamar pelo sensacionalismo da luta entre policiais e traficantes, deixa uma descrição interessante e oportuna sobre a vida nos morros. Tudo a partir da visão de um único soldado – Capitão Nascimento (Wagner Moura) – que busca um substituto para capitanear sua equipe e assim sair da divisão, dedicando-se mais à mulher e ao filho. Porém, no percurso em busca de seu objetivo, Nascimento, com dedicada atuação de Moura, confessa-nos todas as tramóias, corrupções e negociatas que envolvem a instituição maior de proteção à sociedade. A sensação de abandono social é amenizada pela honestidade e doação de poucos policiais, entre os quais “Neto” (Caio Junqueira) e “André Matias” (André Ramiro) servirão de ponte para desvendarem-se os conflitos da trama e o treinamento de formação do Bope.

Todo o enredo é construído com apuro e fidelidade à realidade do tráfico de drogas carioca. O espectador é “hipnotizado” com os simulacros da vida real que brotam na tela e fazem-nos refletir sobre as causas deste amargo problema social. A burguesia é questionada e criticada por sua condescendência e financiamento ao tráfico, em contrapartida é confessado os pontos frágeis da má remunerada polícia brasileira.

Mais que um apelo à violência e à tortura, Tropa de Elite mostra que o problema do crime organizado só conseguirá ser resolvido com a participação de toda a sociedade, e, mesmo que não seja explicitado no enredo, com o investimento inteligente de um Estado participante. Ante aos métodos de atuação do Bope, ficam dúvidas sobre a maneira ideal de lidar com o crime. O combate rigoroso é necessário, porém nenhuma matança indiscriminada resolverá o problema. Até porque, desde que os lusitanos cruzaram o Atlântico, sabemos que não se pode “tapar o sol com a peneira”. Então, cada qual com sua responsabilidade, mexam-se! Deixemos de ser MO-LE-QUES!!

Hoje nas Salas:

Multiplex Iguatemi - Sala 3 ( 262 lugares)
12:20; 14:40; 17:10; 19:35; 22:00

Center Lapa - Lapa 2 ( 200 lugares)
13:10; 15:35; 18:00; 20:25

UCI Shopping Aeroclube - Sala 1 ( 552 lugares)
13:15; 15:45; 18:15; 20:45

Cinemark - Cinemark 4 ( 372 lugares)
13:30; 16:10; 18:50; 21:30

Cinemark - Cinemark 8 ( 297 lugares)
14:30; 17:10; 19:50; 22:30

Multiplex Iguatemi - Sala 10 ( 278 lugares)
13:45; 16:10; 18:35; 21:00

Shopping Barra - Barra 2 ( 301 lugares)
13:40; 16:10; 18:40; 21:10

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Morte no Funeral


Morte no Funeral, filme dirigido pelo cineasta inglês Frank Oz, mostra as diversas situações inusitadas do gênero ‘comédia de erros’. Aparentemente temas como a morte e funeral não poderiam ser encaixados dentro de qualquer espécie que provocasse gargalhada, mas Frank Oz conseguiu pegar as sutilezas do tema e relaciona-lás com a tradição contida e afiada dos comediantes ingleses (juntamente com o humor escatológico deles) e, dessa forma, fazer um de seus melhores filmes desde o final da década de 1980.

Toda a história da comédia gira em torno do funeral do patriarca de uma família tradicional inglesa. Cerimônia preparada, os familiares e os poucos amigos vão chegando com o passar do tempo e a partir deste momento começa-se a perceber os diversos personagens estereotipados com os seus diversos tipos de problemas. Entretanto, o que causa a dinâmica especial do filme é a perda de um frasco de alucinógeno e a presença do amante gay do falecido.

As drogas foram ingeridas pelo noivo da prima Martha, Simon, e é a partir da chegada deles que as peripécias começam a acontecer no ambiente. O clima de tensão aumenta com o surgimento de um desconhecido, um anão, que após uma conversa com o filho do morto e aspirante a escritor Daniel exige uma recompensa para não revelar algumas fotos que comprometiam o pai. Daniel conversa com o irmão bem sucedido Robert e juntos tentam analisar quais as maneiras existentes para que a história não chegue aos ouvidos dos presentes.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Saneamento Básico


Saneamento Básico, filme que tem direção de Jorge Furtado e co-produção da Globo Filmes (Casa de Cinema de Porto Alegre), conta a história de um grupo de moradores em uma pequena vila de descendentes de colonos italianos e sua ânsia de fazer justiça ‘com as próprias mãos’. Habitantes de um local que sofriam com inúmeros problemas relacionados à saúde, de um modo em geral, sentem-se impungidos a mudar a situação do ambiente quando vêem o esgoto, mais do que nunca, interferir na vida de milhares de pessoas. Tudo isso porque essa questão é uma emergência que sempre foi ignorada pelas autoridades. A partir daí é formada uma comissão que trabalhará no intuito de construir uma fossa para o tratamento da calamidade.

A comissão resolve pleitear a obra através dos recursos da subprefeitura, no entanto são informados de que não há verba disponível para o tratamento do esgoto no município. Quando tudo parece perdido, surge uma saída: há uma quantia de dez mil reais que será disponibilizada para a produção de um vídeo e terá como característica principal ações educativas (para se passar nas escolas de todo o país). O grupo decide então investir no vídeo e o assunto escolhido é a situação do município relacionado ao saneamento básico. O que se observa no decorrer do filme é que o grupo amador se envolve de uma forma tão intensa na produção do vídeo que chegam a ganhar o prêmio na cidade e, conseqüentemente, a verba necessária para resolver o problema.

ELENCO

Fernanda Torres

. . . Marina

Wagner Moura

. . . Joaquim

Camila Pitanga

. . . Silene

Bruno Garcia

. . . Fabrício

Tonico Pereira

. . . Antônio

Janaina Kremer

. . . Marcela

Lázaro Ramos

. . . Zico

Paulo José

. . . Otaviano