quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A Corrida Pelo Oscar!!

Da Reuters

O filme "Onde os Fracos Não Têm Vez", dos irmãos Joel e Ethan Cohen, foi considerado na quarta-feira o melhor filme de 2007 pela Comissão Nacional de Resenhas da Motion Pictures (entidade que reúne produtoras de cinema dos EUA), dando a largada na temporada do Oscar.

George Clooney ganhou o prêmio de melhor ator, por "Michael Clayton", e Julie Christie foi a melhor atriz, por "Longe Dela".


Tim Burton foi eleito o melhor diretor, por "Sweeney Todd", em que os protagonistas são a esposa dele, Helena Bonham Carter, e Johnny Depp.

Amy Ryan recebeu o prêmio de atriz coadjuvante por "Medo da Verdade", de Ben Affleck, escolhido como melhor diretor estreante. Seu irmão Casey Affleck recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante, por "O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford".

"Le scaphandre et le papillon", de Julian Schnabel, foi escolhido como melhor filme estrangeiro. "Body of War" venceu na categoria documentário, e "Ratatouille" foi a melhor animação.

"Juno" e "Lars and the Real Girl" dividiram o prêmio de melhor roteiro original. "Onde os Fracos..." levou os prêmios de roteiro adaptado e pelo conjunto do elenco.

Emile Hirsch ("Into the Wild") e Ellen Page ("Juno") ganharam prêmios pelas interpretações.

Michael Douglas, Oscar de melhor ator por "Wall Street -- Poder e Cobiça" (1988), recebeu um prêmio pelo conjunto da carreira.

Esse prêmio pode servir de indicação para o que esperar do Oscar, principal honraria da indústria, que é entregue em fevereiro.

Mostra de Vídeo em São Lázaro

Surpreendente, instigante, emocionante. Assim é considerado o filme "11.09.01", que será exibido amanhã (7), às 13h30m, na sala 8 da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA (FFCH), em São Lázaro.


A produção de 11 diretores de países diferentes apresenta diversos ângulos dos episódios do 11 de setembro, nos EUA. Após a exibição, o professor Antonio Câmara (FFCH) faz palestra seguida de debate. "11.09.01" encerra o I Ciclo de Cinema e Filosofia, que apresentou também "O sétimo selo" e "Laranja mecânica".


O programa retorna em março. Entrada gratuita. Apoio da Livraria LDM e da videolocadora Case de Cinema.


Mais informações: waldojsf@ufba.br .


Fonte: Site da Ufba.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Antes Só do Que Mal Casado

Os irmãos Bobby e Peter Farelly têm se acostumado a fazer comédias que beiram o romântico, no entanto acabam se perdendo em piadas sobre minorias e que revelam situações constrangedoras. Seu "clássico" de sucesso é "Quem Vai Ficar com Mary" que alcançou o grande público e lançou Ben Stiller neste gênero que tanto os agradam.

Em Antes Só do que Mal Casado (The Heartbreak Kid, EUA - 2007) os irmãos conseguem criar o mesmo ambiente cômico de "O Amor é Cego", com piadas de conotação sexual e duvidosas tangenciadas pelo "politicamente correto". O filme na verdade é uma refilmagem de "O Rapaz Que Partia Corações", de 1972, mas a "nacionalização" de títulos coloca no esquecimento a história e a origem de cada filme.


No longa, Ben Stiller é "Eddie Cantrow", dono de uma loja de artigos esportivos que percebe, em mais um casamento, que ele é o único quarentão da turma que está solteiro . Junto a sua sensação de solidão soma-se a pressão do pai, Doc (Jerry Stiller), e de seu amigo, Mac (Rob Corddry), para que ele se case e assim siga o ciclo natural da vida. Sendo convencido pelos "fatos", Eddie descobre, em um encontro casual com Lila (Malin Akerman), que essa poderia ser a chance para entrar para o grupo dos casados. Após 6 semanas, casa-se e vai passar a lua de mel em um resort do caribe, no México.


Já na viagem começa a descobrir os problemas de um casamento precipitado. Lila é um pesadelo como mulher: desequilibrada, afundada em dívidas, sem renda própria, possui um desvio no septo nasal que é consequência de seu antigo vício em cocaína e ainda por cima ronca! Tudo o que um pacato e inocente empresário não conseguiria aturar. Mas para a surpresa de Cantrow, no hotel em que ficou hospedado, ele encontra alguém com quem valha a pena casar-se. Michelle Monaghan é "Miranda", com quem descobre as afinidades que os levam a se apaixonar. Porém, existe um empecilho ao amor dos dois... Eddie é recém casado! A partir desse mote o filme se desenvolve e descobre nesta situação um clima propício para as sátiras e as piadas que constrói o ambiente cômico do enredo.


O filme vai muito bem até seu ponto de clímax: a hora da revelação. A partir de então os irmãos "perdem a mão" e criam uma situação confusa e constrangedora pra seus telespectadores. O momento exato para darem pitadas de romantismo ao filme é ignorado e com isso a aceitação do público fica prejudicada. Assim, The Heartbreak Kid fica aquém dos tempos áureos de Quem Vai Ficar com Mary, satisfazendo aqueles menos exigentes por um estilo de comédia romântica já consagrado.
Hoje nas Salas:

Cinemark - Cinemark 4 ( 372 lugares)
14:00; 16:30; 19:00; 21:30

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ingresso Barato!!


Do A Tarde On Line


A rede Cinemark reduz o preço dos ingressos em todas as suas salas entre os dias 26 e 29 de novembro. Nesse período, a inteira vai custar R$6 em todas as sessões para qualquer filme. A promoção comemora a marca de 200 milhões de ingressos vendidos pela rede desde sua inauguração, em 1997. Na capital baiana, o circuito mantém um complexo de oito salas no Salvador Shopping desde junho. O preço promocional vale também para as demais 350 salas da rede, presente em 13 Estados, além do Distrito Federal.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Retrato de Uma Vida!

Maurice Béjart criou a coreografia do Bolero de Ravel encenado no filme Retratos da Vida, de Claude Lelouch. A coreografia foi interpretada por seu companheiro, o argentino Jorge Donn, em pleno Trocadero parisiense. No filme a dança representava uma forma de união dos povos e um pedido de paz. Retratos da vida é encenado na 2ª guerra mundial, com histórias de vida daqueles que de alguma forma viviam da arte nos diferentes países participantes da guerra.


Para assistir o vídeo do bolero, click no link abaixo:




da Reuters, em Genebra


O coreógrafo francês Maurice Béjart, considerado uma das grandes figuras do balé contemporâneo, morreu nesta quinta-feira (22) em um hospital suíço, aos 80 anos, informou uma porta-voz do Béjart Ballet Lausanne.

Ex-dançarino, Béjart tinha sido internado diversas vezes nos últimos meses, sofrendo de exaustão e de problemas renais e cardíacos. "Ele morreu hoje cedo pela manhã no hospital de Lausanne", disse à Reuters a porta-voz do Béjart Ballet Lausanne, Roxanne Aybek.


Em 1987, Béjart se mudou de Bruxelas para Lausanne, na Suíça, juntamente com a

maioria dos bailarinos de seu grupo 20th Century Ballet. A cidade oferecia melhores condições e subsídios para a companhia de dança, que ele ainda estava dirigindo quando morreu.


Os 35 bailarinos da companhia estão ensaiando uma nova produção intitulada "A Volta ao Mundo em 80 Minutos", que tem estréia marcada para 20 de dezembro em Lausanne.


"Estamos tristes, mas o show vai continuar", disse Aybek.


Nascido em Marselha, no sul da França, Béjart ganhou destaque em 1959 com uma produção elogiada de "Sagração da Primavera", de Igor Stravinsky. Ele também criou coreografias de "Bolero" e de "Suvenir de Leningrado".


"Com a morte de Maurice Béjart, perdemos um dos maiores coreógrafos de nossos tempos, um dos mais famosos e mais admirados", disse a ministra da Cultura francesa, Christine Albanel, em comunicado.


Fonte: Site da Folha de São Paulo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Festival de Brasília

A partir de hoje(21), a capital federal recebe a 40º edição do Festival de Brasília, o evento cinematográfico mais antigo do país, que acontece até dia 29.

Na competição deste ano, destacam-se o badalado “Cleópatra”, de Júlio Bressane, que traz Alessandra Negrini no papel principal, “Falsa loura”, de Carlos Reichenbach, e “Chega de saudade”, de Laís Bodanzky. O favorito “Cleópatra”, que estréia no festival na sexta-feira (23), traz no elenco, além de Negrini, Miguel Falabella, na pele de Júlio César. Filmado em Copacabana, no Rio, com fotografia de Walter Carvalho (de “Central do Brasil” e “Carandiru”), o longa é definido pelo cineasta como “uma visão lírica” da persona da última rainha do Egito antigo. Já “Falsa loura” traz no elenco Rosane Mullholland, Cauã Reymond, Maurício Mattar e a Suzana Alves, que ficou conhecida na televisão como a Tiazinha. A trama de Reichenbach (de “Alma corsária”) gira em torno de uma bela operária dividida entre o amor de dois músicos. A première no festival será no sábado.

A cineasta Laís Bondanzky (de “Bicho de sete cabeças”) traz à competição “Chega de saudade” – com estréia no evento no domingo – que reúne histórias curiosas de freqüentadores de um salão de baile. No elenco estão Maria Flor, Paulo Vilhena e Cássia Kiss, além das veteranas como Betty Faria e Tonia Carreiro. Também disputam o Candango de melhor filme os longas “Amigos de risco”, de Daniel Bandeira, “Anabazys”, de Joel Pizzini e Paloma Rocha, e “Meu mundo em perigo”, de José Eduardo Belmonte.

Abertura e Premiação


O festival foi inaugurado na noite de terça para convidados, com a exibição em cópias restauradas do curta “Brinquedos populares do nordeste”, de Pedro Jorge de Castro, e do longa “Proezas de Satanás na vila do leva-e-traz”, de Paulo Gil Soares. Ambos foram premiados em edições passadas da mostra, um em 1977, outro em 1967, primeiro ano da mostra. Na próxima terça-feira (27), o público vai conhecer os premiados desta edição do Festival de Brasília, nas categorias melhor longa, curta em 35mm e em 16 mm. O encerramento da mostra acontece na quinta seguinte, com a exibição hors-concours do clássico do Cinema Marginal “Dezesperato”, de 1968, dirigido por Sérgio Bernardes.


Fonte: Globo.com

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Mostra busca Identidade Latina


da Folha de S.Paulo


Com um conjunto de 18 filmes e quatro debates, a mostra "América Latina: Diversidade e Semelhança" propõe uma reflexão sobre a existência e a definição de uma identidade comum à América Latina. O ciclo se realiza de hoje até o próximo dia 1º e tem como promotores a Cinemateca Brasileira, o Cinusp, a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e a International Psychoanalytical Association.


Produzidos em oito países da região, os filmes selecionados têm em comum a temática do deslocamento, de ordem geográfica ou emocional -- no caso de personagens que procuram reinventar-se. Há títulos em que os dois movimentos coincidem, como em "Nascido e Criado", do argentino Pablo Trapero, cujo protagonista troca Buenos Aires pela Patagônia, onde procura viver com outra identidade, depois de enfrentar um episódio dramático em seu núcleo familiar.

Circunstâncias econômicas desfavoráveis no local de origem são um impulso relevante na decisão de partida de personagens de distintos filmes, como os brasileiros "O Céu de Suely" e "Cinema, Aspirinas e Urubus", o boliviano "Lo Más Bonito y Mis Mejores Años" e o uruguaio "En la Puta Vida".


O aspecto político é determinante para um deslocamento que tende ao exílio no brasileiro "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", enquanto a perambulação expressa uma jornada interior de autoconhecimento no equatoriano "Qué Tan Lejos".


Os quatro debates previstos terão a participação de dois cineastas argentinos cujos filmes integram a mostra --Cristian Pauls e José Luis García-- e dos brasileiros Monique Gardenberg e Hector Babenco, além de profissionais de outras artes e da psicanálise.


Fonte: Site da Folha.

domingo, 18 de novembro de 2007

Os Anjos Exterminadores

Os mistérios do prazer feminino é um segredo que qualquer homem gostaria de descobrir. Em pró desta causa, em Os Anjos Exterminadores (Les Anges Exterminateurs, França 2006), um cineasta decide transformar em filme, tabus e revelações do universo sexual da mulher . Tudo surge quando ele percebe-se ouvinte dos detalhes da intimidade de uma atriz, em um teste para seu próximo filme. Da confissão nasce a idéia de registrar tais fantasias. No entanto, ele não imaginava o que sexualidade e prazer poderiam provocar "em cena".

François (Frédéric Van Den Driessche) é daqueles cineastas que testam seus atores pessoalmente, utilizando-se de passagens difíceis para verificar a atuação de cada um. Como cenas de sexo sempre desafiam quem a faz, é em um destes testes que, inspirado por Anjos, ele mergulhará nos prazeres ocultos da mulher. Ele contará com três atrizes, Julie (Lise Bellynck), Stéphanie (Marie Allan) e Charlotte (Maroussia Dubreuil) - Charlotte. Elas, já no primeiro encontro, sem se conhecerem, descobrirão seus desejos mais profundos. Tudo acompanhado por François, que em seu voyeurismo, buscava o melhor "tempero" para a construção do filme.

A relação de sexualidade, intimidade e cumplicidade não acabará bem. Os limites da "atuação" são ultrapassados e a relação lesbiana e parental alçará perigosos conflitos entre os quatro. T
raçando o desígnio dos fantasmas exterminadores, o diretor vai perdendo cada vez mais o rumo de sua história. O sucesso de seu filme já é colocado em dúvida. Ele não consegue mais "domar" suas atrizes e pra piorar, a relação com sua mulher é abalada com a situação.

Com direção do francês Jean-Claude Brisseau, o longa parece uma “fatobiografia” do diretor. No ano de 2004, em testes do filme anterior a este, Brisseau foi processado por assédio sexual e coerção psicológica. Quatro atrizes o acusavam.

Talvez por isso, a trama não é bem resolvida. Jean-Claude não decide qual tema problematizar. Se o lesbianismo, os tabus femininos, ou as inserções dos exterminadores. A história de prazer e sexualidade acaba truncada por conflitos femininos que destoam da idéia de personagens que foi apresentada. Os motivos ficam obscuros. Como se os anjos guardassem a sete chaves os segredos sexuais da fêmea. Mas nada é perdido, tudo é apenas atiçado.
Hoje, na Sala:

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Semifinalistas para Oscar de Animação

Da Reuters

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou os 12 filmes que podem ser eleitos para competir ao Oscar de melhor animação do ano que vem, incluindo sucessos como "Ratatouille", "Shrek Terceiro" e "Bee Movie -- A História de uma Abelha".

Apenas três filmes serão indicados quando todas as categorias forem anunciadas em 22 de janeiro. Se os filmes elegíveis tivessem totalizado 16 ou mais, então cinco filmes seriam indicados. Nos sete anos de história desta categoria, a Academia apenas indicou cinco filmes uma única vez.

Também na lista estão "A Família do Futuro", "Os Simpsons -- O Filme", "A Lenda de Beowulf", "Persepolis", "O Homem Lobo e os Pestinhas", "Aqua Teen Hunger Force Colon Movie Film for Theaters", "Surf's Up", "Tekkonkinkreet" e "TMNT".

Entre os grupos de animação, há dúvidas sobre se o filme de Robert Zemeckis, "A Lenda de Beowulf", é considerado ou não animação pela técnica com que foi feito.

Fonte: CineInSite.

domingo, 11 de novembro de 2007

Jogos Mortais IV


Jogos Mortais IV, filme dirigido por Darren Lynn Bousman, dá continuidade ao sucesso adquirido com os três primeiros filmes da série. Apresenta como principal peculiaridade o fato de o principal mentor dos ‘assassinatos’ em série, Jigsaw, e sua aprendiz, Amanda, já se encontrarem mortos. Mesmo desta forma, o vilão consegue criar uma teia de relações aonde o principal ingrediente é incurtir nas vítimas a idéia de que eles erraram e desvalorizaram a vida em algum momento.

A notícia do assassinato do detetive Kerry faz com que dois oficiais veteranos do FBI, especialistas em traçar perfis psicológicos de criminosos, agente Strahm (Scott Patterson) e agente Perez, ajudem o veterano detetive Hoffman (Costas Mandylor) a averiguar minuciosamente o mais recente e brutal jogo de vítimas de Jigsaw e a reunir os detalhes que estão por trás do poderoso esquema. Entretanto, quando o comandante Rigg da SWAT, o último oficial ainda refugiado por Jigsaw (Tobin Bell), é capturado repentinamente e levado para o aterrorizante jogo, o oficial tem somente noventa minutos para vencer uma série de armadilhas intimamente relacionadas ou então enfrentar as conseqüências mortais desse complexo jogo.

A procura por Rigg pela cidade deixa uma série de cadáveres. O detetive Hoffman e o FBI descobrem pistas há muito tempo escondidas que os levam de volta a Jill, a ex-mulher de Jigsaw (Betsy Russell). Finalmente o motivo das maldades de Jigsaw é revelado, colocando em evidência as reais intenções do mestre dos marionetes e o plano assombroso para suas vítimas do passado, do presente e do futuro. Apesar dessa revelação, tudo leva a crer que os produtores do filme irão continuar com a saga, isto porque no final do filme há indícios fortes deste processo.

sábado, 10 de novembro de 2007

O Homem que Desafiou o Diabo

O homem já desafiou as trevas, o oceano, o frio e a seca. Mas um deles, não contente com as provações da vida, desafiou o Diabo!

Antes ele era apenas Zé Araújo, um vendedor pacato que tinha um fraco por mulheres. E foi exatamente essa fraqueza que transformou o rumo de sua vida. Após passar por humilhações em um casamento que entrou obrigado, Araújo se liberta e vira o mais temível e corajoso sertanejo da região: Ojuara.

O Homem que Desafiou o Diabo (Brasil, 2007) é uma comédia simples, que nos diverte com as impossibilidades nordestinas e a boa atuação de Marcos Palmeiras (o protagonista), em quem o filme prende-se, sobrecarregando e desfavorecendo a trama. Sem o espaço necessário aos outros personagens, Fernanda Paes Leme, como Genifer, é quem ainda consegue ajudar a história, doando sua sensualidade. Mas, até neste ponto o filme é falho, apelando para um nu descompassado, servindo apenas de chamariz ao público masculino.

Se o longa apresentava receios por conta dos últimos trabalhos de seu diretor Moacyr Góes, dentre os quais estão “Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida”(2004) e “Trair e Coçar é Só Começar”(2006), a superação do desgaste nordestino era outro problema em questão. A história não apresenta nenhuma novidade, fazendo com que o tema nordestino já bem batido com “O Auto da Compadecida” e “Eu, Tu Eles” acabasse se repetindo. A divertida abordagem, que indicava o trailer, acabou não alcançada.

Apesar das promessas descumpridas, já que é baseado em um forte texto de Nei Leandro de Castro – “As Pelejas de Ojuara”-, o filme consegue ilustrar bem as lendas sertanejas e a cultura nordestina. Ojuara enfrenta todo o tipo de “personagem” do sertão na sua caminhada em busca de cachaça e mulheres. Em pontos altos e cenas interessantes, o tom divertido se sobressai, dando à trama valor estético e cômico. Seu embate com o “cão miúdo” dá a tensão do enredo e leva a um ponto crítico na vida do sertanejo. Alguém desafiará Ojuara?
Hoje, nas Salas:

Multiplex Iguatemi - Sala 1 ( 104 lugares)
13:20; 15:35; 17:50; 20:05; 22:10

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Os 100 mais Belos

Direto do site do Estadão, para a gente (que se diz amante do cinema) pensar sobre a seleção que temos feito. Quem já assistiu ao menos 2 da lista?? Será que por estarmos em outra época, outros valores, eles não são mais necessários??? Dúvido muito.

por Luiz Zanin

Está no site da Cahiers du Cinéma: 78 críticos e historiadores do cinema se reuniram para escolher os 100 maiores de todos os tempos. Ou os "100 mais belos", o que pode ser ligeiramente diferente.

Na cabeça, deu o óbvio: Cidadão Kane, com 48 votos. Mas logo a seguir, um azarão: O Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter), única direção do grande ator Charles Laughton,aparece nos calcanhares de Kane, com 47 votos, apenas um a menos do que o clássico de Orson Welles. Empata com outro habitué das listas de melhores, A Regra do Jogo, de Jean Renoir, também com 47 votos.

Os outros, até o 11º colocado:

4- Aurora, de Murnau - 46 votos
5- O Atalante, de Jean Vigo - 43
6- M. o Vampiro de Dusseldorf, de Fritz Lang - 40
7- Cantando na Chuva, de Stanley Donen - 39
8- Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock - 35
9- O Boulevard do Crime, Marcel Carné - 34
9- Ouro e Maldição, de Eric von Strohein - 34
9- Rastros de Ódio, de John Ford - 34

OBS.: não se trata de uma lista oficial da Cahiers. A revista apenas a publica. Foi feita por iniciativa de Claude-Jean Philippe, que mandou o questionário aos 78 críticos e historiadores do cinema, com patrocínio da prefeitura de Paris.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

2 Filhos de Francisco

da EFE
O filme "2 Filhos de Francisco" vai representar o Brasil no 4º Festival de Cinema Ibero-americano da Malásia, que acontecerá na segunda quinzena de novembro. Além do Brasil, estarão representados Colômbia, Cuba, Chile, Equador, Espanha, México, Peru, Uruguai e Venezuela. A exibição dos filmes acontecerá no centro Soka Gakkai, em Kuala Lumpur, entre os dias 16 e 25 de novembro.

"O objetivo deste festival é mostrar ao público malaio as diferentes realidades culturais, as visões de vida e as últimas tendências cinematográficas dos países representados", afirma a organização. Os organizadores destacam "a existência de uma nova geração de cineastas, produtores e estrelas ibero-americanas que estão tendo um grande impacto nos mercados nacionais e internacionais".

Além de "2 Filhos de Francisco", de Breno Silveira, participaram do festival "Dios los Junta y Ellos se Separan" (Colômbia), de Harold Trompetero; "El Benny" (Cuba), de Jorge Luis Sánchez; "MeuMelhor Inimigo" (Argentina/Chile), de Alex Bowen; "Vozes Inocentes" (México), de Luis Mandoki; "Florentino y el Diablo" (Venezuela), de Michael New, e "Cidade Sem Limites" (Espanha), de Antonio Hernández.

Fonte: Cineinsite.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

1408


1408, filme dirigido por Mikael Hafstrom e roteirizado pela dupla Scott Alexander (O Mundo de Andy) e Matt Greenberg (Halloween – 20 anos depois), apresenta como peculiaridade o fato do longa ter sido adaptado do conto homônimo Tudo É Eventual, de Stephen King (um dos melhores literários em terror e suspense).

Mike Elsin (John Cusack) é escritor e dedica sua vida profissional a escrever sobre lugares que tenham algum indício de paranormalidade. Muito cético, ele não acredita nas histórias que escreve e para ser o máximo fiel em seus relatos procura se aprofundar nas questões, sendo que o principal meio de que ele se utiliza é freqüentar os locais para buscar constatar os fenômenos. A partir daí é que ele procura redigir o texto tendo como base a realidade experenciada. Enquanto termina de redigir seu último livro, Dez Noites em Quartos de Hotéis Mal-Assombrados, recebe um cartão-postal sobre o hotel Dolphin com um seguinte alerta: ‘somente não se hospede no 1408’. Ele não se conformou com isso e foi procurar saber o motivo pelo qual o hotel impunha essa condição.

Verificou que todos que se hospedaram naquele quarto morreram estranhamente e estudou bastante o caso antes de ir ao Hotel. Chegando lá tem uma longa conversa com o gerente Gerald Olin (Samuel L. Jackson), que faz de tudo para que ele não se hospede e até fornece estatísticas que não foram divulgadas pelos órgãos de imprensa. Mesmo com todos os argumentos de Gerald, Elsin decide continuar e se hospeda no tão temido quarto 1408. Antes de adentrar no quarto ele havia escutado do gerente que dificilmente quem freqüentava o quarto ficava mais de 1 hora vivo. Pois bem, ele entra e a partir deste momento ele não tem mais sossego. Ele registra tudo no seu gravador e no início tudo parece normal, até os fenômenos estranhos começarem a acontecer. Primeiro o rádio começa a tocar sozinho e logo após o mesmo começa a registrar 60 minutos em sua tela e a fazer uma contagem regressiva. O terror e suspense já não têm mais fim e vão aterrorizar em todas as situações.

O filme tenta jogar com a imaginação dos espectadores em vários momentos e, neste ponto, acaba distribuindo focos de tensão e dúvidas. Acaba por provocar inquietude quando já num estágio avançado de Elsin no quarto ele aparece em uma praia e logo após no hospital, dando a impressão de que ele estava sonhando. Mas logo depois esta idéia é refutada. Quando ele é salvo pelo corpo de bombeiros vai para o hospital e logo após para casa com sua esposa e chegando lá pega o gravador da mão de sua mulher e, ainda achando que foi um sonho, começa a escutar e ouve a conversa que ele tivera com a filha (que estava morta) no local e a esposa desmaia e o filme termina desse jeito, sem uma explicação plausível para o fato daquele quarto, justamente o número 1408, ser o almadiçoado e o motivo de tantas mortes terem acontecido naquele ambiente. Realmente, o que se verifica, é que o suspense foi levado para além do filme.

Hoje nas Salas:

Multiplex Iguatemi - Sala 9 ( 323 lugares)
14:50; 17:00; 19:10; 21:20
Shopping Barra - Barra 2 ( 301 lugares)
14:00; 16:15; 18:30; 20:45
Center Lapa - Lapa 1 ( 212 lugares)
13:50; 16:00; 18:10; 20:20
Cinemark - Cinemark 4 ( 372 lugares)
14:20; 16:40; 19:10; 21:30
UCI Shopping Aeroclube - Sala 1 ( 552 lugares)
14:15; 16:30; 18:45; 21:00

sábado, 3 de novembro de 2007

Deite Comigo

Como uma mulher ama um homem? ... Deitando-se?

A questão imposta pela frase soa um tanto machista. Claro que a mulher ama seu parceiro querendo-lhe bem... Sendo sua companhia com cumplicidade e afeto. Mas com Leila (Lauren Lee Smith) não tem ocorrido assim. Sua vida afetiva sempre foi traduzida por encontros casuais, efemeridade e prazer extremo. A receita vinha dando certo em seu modo neofeminista de viver, porém, em um destes encontros, seu desejo por sexo pregou-lhe uma peça. Ela conheceu David (Eric Balfour), que a fez perceber e sentir o outro lado da parceria homem/mulher.

Mais que um título-convite, Deite comigo (Lie With Me, Canadá, 2005) nos chama para mergulhar no mundo da libido e da satisfação pessoal/sexual. Propõe exatamente este paradoxo... Até quando o sexo pode responder a todos nossos desejos como homem e como mulher? A partir das "relações de parceria" que Leila constrói, a trama aborda diferentes questões - fidelidade, cumplicidade, companheirismo, sexo e amor - e ilustra com relacionamentos de pessoas ligadas à protagonista, como a separação de seus pais e o casamento de sua prima.

Quando David surge na vida de Leila, ele descobre que a menina ruiva, louca e encantadora, que vivia de forma promíscua, é mais que uma mulher de rosto bonito. Ele sente em suas atitudes e expressões o o descaso e a dúvida imersa em seus atos. Seu jeito diferente e sua atitude corajosa de levar a vida, acaba conquistando David. Mas, seu modo de vida pacato e a perda familiar, solicitará à Leila algo que ela nunca soube dar: cumplicidade e companheirismo. É aí que emerge o conflito do filme.

O diretor Clément Virgo constrói o enredo com o intuito de mostrar o outro lado da natureza feminina. Com erotismo e responsabilidade ele desmitifica o apego e a dedicação da mulher ao parceiro, colocando em questão a relação sexual e as particularidades criadas pelo envolvimento amoroso. Lie with Me nos convida a deitar-se ou até mesmo a mentir, pois, a verdade entre homem e mulher, sexo e amor é um ingrediente que mexe com nossos interesses.

Hoje, Na Sala:


Do Palco à Tela


Sala Walter da Silveira exibe filmes sobre teatro em ‘Do Palco à Tela’. Mostra reúne produções adaptadas de obras teatrais, documentários, montagens originalmente presenciais que foram filmadas, integrando evento que celebra a travessia do palco para a tela do cinema.


Como parte das atividades da 1ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Bahia, em Salvador, a Sala Walter da Silveira, exibe de 2 a 9 de novembro, com entrada franca, um ciclo de filmes e documentários teatrais. O evento é uma parceria entre a Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (Dimas), da Fundação Cultural do Estado da Bahia - Secult, a Cinemateca da Embaixada da França no Rio de Janeiro, Instituto Cervantes, Instituto Goethe e a Cooperativa Baiana de Teatro.

O ciclo reúne desde montagens célebres diretamente filmadas, a exemplo de Tio Vânia e A Tragédia de Hamlet, até produções de ficção de origem teatral, como “Uma Mulher de Negócios”, do alemão Rainer Werner Fassbinder; passando por documentários sobre o processo de criação de encenadores essenciais, como Peter Brook, Gianni Ratto (A Mochila do Mascate) e Patrice Chéreau. Também serão exibidos três programas especiais: dois dedicados ao teatro baiano e outro às adaptações teatrais do cinema espanhol.


Fonte/Maiores Informações: http://www.funceb.ba.gov.br/dimas/

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Cinema Nacional a R$ 2

Segunda-feira, dia 5 de novembro, para aqueles que sempre conseguiam uma desculpa quando a proposta é ir ao cinema, acontecerá uma oportunidade única: sessões a 2 reais no Cinemark. Tudo por conta do Projeta Brasil na Cinemark, que escolheu a primeira segunda de novembro para realizar as exibições. Neste dia, em todo o país, a rede de cinema Cinemark estará exibindo filmes nacionais a baixo custo.

É uma ótima oportunidade para aqueles que não viram alguns sucessos nacionais, como o indacado, dos filmes brasileiros, à disputa para concorrência ao oscar "O Ano em Que Meus Pais Sairam de Férias", de Cao Hamburger. Esta é a 8ª edição do Projeta Brasil e Salvador participa pela primeira vez com a unidade da rede Cinemark instalada no Salvador Shopping, na avenida Tancredo Neves.

O projeto tem como objetivo incentivar a produção nacional de cinema, fomentando prêmios e festivais aqui no país. Por isso, a renda das exibições da segunda-feira próxima será destinada a projetos que incentivem a produção cinematográfica. A intenção também, é atrair a atenção do público para as obras nacionais. Em sete anos o projeto já reuniu mais de 1 milhão de espectadores, nas 43 salas da rede de cinemas.



Vamos Assistir:
Sala 1
Ó Paí Ó - 14 Anos
11h05 - 13h05 - 15h10 - 17h20 - 19h30 - 21h40
Sala 2
O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias - 10 Anos
12h - 14h15 - 16h25 - 18h45 - 21h
Sala 3
Saneamento Básico, O Filme - 12 Anos
11h50 - 14h05 - 16h30 - 18h50 - 21h20
Sala 4
O Homem que Desafiou o Diabo - 16 Anos
11h10 - 13h15 - 15h20 - 17h30 - 19h50 - 22h15
Sala 5
Turma da Mônica - Uma Aventura no Tempo - Livre
10h45 - 12h25
Sala 5
O Primo Basilio - 16 Anos
14h10 - 16h10 - 18h10 - 20h25 - 22h35
Sala 6
Tropa de Elite - 16 Anos
14h40 - 17h10 - 19h40 - 22h
Sala 7
Xuxa Gêmeas - Livre
11h30 - 13h50
Sala 7
Não Por Acaso - 10 Anos
15h50 - 17h55 - 20h05 - 22h25
Sala 8
Cidade dos Homens - 16 Anos
10h25 - 12h50 - 15h05 - 17h15 - 19h35 - 22h05

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Tropa de Elite

A receita pegou e tem dado certo! Com histórias de vida de um ou mais personagens envolvidos no mundo do crime, as cenas são construídas, ligadas e emplacadas. Aquilo que está na tela nós conhecemos; supomos e somos informados rotineiramente por fragmentos noticiosos; no entanto, renegamos e jogamos de tempo em tempo ao esquecimento. Em intervalos que coincidem com a nossa displicência quanto à violência, filmes como Tropa de Elite (Brasil 2007, Direção de José Padilha) “erguem-se” como um soco em nossa face. E o público, a cada filme do gênero, oferece o outro lado. Talvez, para deparar-se com uma realidade que não gostariam de viver, mas, anseiam por contemplar.

As histórias de um batalhão especial da policia carioca, antes de clamar pelo sensacionalismo da luta entre policiais e traficantes, deixa uma descrição interessante e oportuna sobre a vida nos morros. Tudo a partir da visão de um único soldado – Capitão Nascimento (Wagner Moura) – que busca um substituto para capitanear sua equipe e assim sair da divisão, dedicando-se mais à mulher e ao filho. Porém, no percurso em busca de seu objetivo, Nascimento, com dedicada atuação de Moura, confessa-nos todas as tramóias, corrupções e negociatas que envolvem a instituição maior de proteção à sociedade. A sensação de abandono social é amenizada pela honestidade e doação de poucos policiais, entre os quais “Neto” (Caio Junqueira) e “André Matias” (André Ramiro) servirão de ponte para desvendarem-se os conflitos da trama e o treinamento de formação do Bope.

Todo o enredo é construído com apuro e fidelidade à realidade do tráfico de drogas carioca. O espectador é “hipnotizado” com os simulacros da vida real que brotam na tela e fazem-nos refletir sobre as causas deste amargo problema social. A burguesia é questionada e criticada por sua condescendência e financiamento ao tráfico, em contrapartida é confessado os pontos frágeis da má remunerada polícia brasileira.

Mais que um apelo à violência e à tortura, Tropa de Elite mostra que o problema do crime organizado só conseguirá ser resolvido com a participação de toda a sociedade, e, mesmo que não seja explicitado no enredo, com o investimento inteligente de um Estado participante. Ante aos métodos de atuação do Bope, ficam dúvidas sobre a maneira ideal de lidar com o crime. O combate rigoroso é necessário, porém nenhuma matança indiscriminada resolverá o problema. Até porque, desde que os lusitanos cruzaram o Atlântico, sabemos que não se pode “tapar o sol com a peneira”. Então, cada qual com sua responsabilidade, mexam-se! Deixemos de ser MO-LE-QUES!!

Hoje nas Salas:

Multiplex Iguatemi - Sala 3 ( 262 lugares)
12:20; 14:40; 17:10; 19:35; 22:00

Center Lapa - Lapa 2 ( 200 lugares)
13:10; 15:35; 18:00; 20:25

UCI Shopping Aeroclube - Sala 1 ( 552 lugares)
13:15; 15:45; 18:15; 20:45

Cinemark - Cinemark 4 ( 372 lugares)
13:30; 16:10; 18:50; 21:30

Cinemark - Cinemark 8 ( 297 lugares)
14:30; 17:10; 19:50; 22:30

Multiplex Iguatemi - Sala 10 ( 278 lugares)
13:45; 16:10; 18:35; 21:00

Shopping Barra - Barra 2 ( 301 lugares)
13:40; 16:10; 18:40; 21:10

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Morte no Funeral


Morte no Funeral, filme dirigido pelo cineasta inglês Frank Oz, mostra as diversas situações inusitadas do gênero ‘comédia de erros’. Aparentemente temas como a morte e funeral não poderiam ser encaixados dentro de qualquer espécie que provocasse gargalhada, mas Frank Oz conseguiu pegar as sutilezas do tema e relaciona-lás com a tradição contida e afiada dos comediantes ingleses (juntamente com o humor escatológico deles) e, dessa forma, fazer um de seus melhores filmes desde o final da década de 1980.

Toda a história da comédia gira em torno do funeral do patriarca de uma família tradicional inglesa. Cerimônia preparada, os familiares e os poucos amigos vão chegando com o passar do tempo e a partir deste momento começa-se a perceber os diversos personagens estereotipados com os seus diversos tipos de problemas. Entretanto, o que causa a dinâmica especial do filme é a perda de um frasco de alucinógeno e a presença do amante gay do falecido.

As drogas foram ingeridas pelo noivo da prima Martha, Simon, e é a partir da chegada deles que as peripécias começam a acontecer no ambiente. O clima de tensão aumenta com o surgimento de um desconhecido, um anão, que após uma conversa com o filho do morto e aspirante a escritor Daniel exige uma recompensa para não revelar algumas fotos que comprometiam o pai. Daniel conversa com o irmão bem sucedido Robert e juntos tentam analisar quais as maneiras existentes para que a história não chegue aos ouvidos dos presentes.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Saneamento Básico


Saneamento Básico, filme que tem direção de Jorge Furtado e co-produção da Globo Filmes (Casa de Cinema de Porto Alegre), conta a história de um grupo de moradores em uma pequena vila de descendentes de colonos italianos e sua ânsia de fazer justiça ‘com as próprias mãos’. Habitantes de um local que sofriam com inúmeros problemas relacionados à saúde, de um modo em geral, sentem-se impungidos a mudar a situação do ambiente quando vêem o esgoto, mais do que nunca, interferir na vida de milhares de pessoas. Tudo isso porque essa questão é uma emergência que sempre foi ignorada pelas autoridades. A partir daí é formada uma comissão que trabalhará no intuito de construir uma fossa para o tratamento da calamidade.

A comissão resolve pleitear a obra através dos recursos da subprefeitura, no entanto são informados de que não há verba disponível para o tratamento do esgoto no município. Quando tudo parece perdido, surge uma saída: há uma quantia de dez mil reais que será disponibilizada para a produção de um vídeo e terá como característica principal ações educativas (para se passar nas escolas de todo o país). O grupo decide então investir no vídeo e o assunto escolhido é a situação do município relacionado ao saneamento básico. O que se observa no decorrer do filme é que o grupo amador se envolve de uma forma tão intensa na produção do vídeo que chegam a ganhar o prêmio na cidade e, conseqüentemente, a verba necessária para resolver o problema.

ELENCO

Fernanda Torres

. . . Marina

Wagner Moura

. . . Joaquim

Camila Pitanga

. . . Silene

Bruno Garcia

. . . Fabrício

Tonico Pereira

. . . Antônio

Janaina Kremer

. . . Marcela

Lázaro Ramos

. . . Zico

Paulo José

. . . Otaviano

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Nunca é Tarde pra Amar


Nunca é Tarde pra Amar (I Could Never Be Your Woman, EUA, 2007) enfrenta a dicotomia entre juventude e maturidade de forma sutil e engraçada. A mãe natureza (Tracey Ullman) é apresentada no início da trama como forma de questionar os hábitos da sociedade atual, recriminando a busca pela eterna juventude/beleza e as cirurgias plásticas, sempre satirizadas no decorrer do longa. Tracey continua no desenvolvimento da história sempre ao lado de “Rosie” (Michele Pfeiffer), aconselhando e discutindo o papel da mulher na sociedade.

O filme usa como foco para reflexão um tema muito discutido nos dias atuais: o relacionamento entre pessoas de faixa etária distintas. Aqui em particular, do envolvimento de “Rosie”- uma solteirona, com suas confusões profissionais, e mãe de uma adolescente – com “Adam” (Paul Rudd) – um jovem ator que busca seu sucesso profissional e se encanta por sua “chefe”. O diretor “Amy Heckerling” segue a risca as regras de uma comédia romântica bem construída, contudo não apresenta nenhuma inovação na narrativa vivida pelo casal.

Pfeiffer faz de maneira simples, aquilo que tem que ser feito, e com a boa sintonia e atuação de Rudd, eles obtém fácil a atenção do público. Porém, o roubo de cena fica para a jovem “Izzie” (Saoirse Ronan), que constrói, junto com seus conflitos amorosos, uma relação de cumplicidade envolvente e interessante entre mãe e filha. A solteirona, consegue com sua experiência, ajudar melhor sua filha – que se encontra ávida na luta pelo primeiro amor – do que resolver seus próprios problemas casuais com seu par. Os suspiros ficam por conta das peripécias de uma pré-adolescente apaixonada e sua mãe coruja.

O enlace do enredo em seu todo deixa um pouco a desejar, não alcançando uma ligação perfeita entre as cenas, fazendo assim com que os assuntos discutidos apareçam um tanto soltos . Entretanto, nada que abale a leveza com que a história é narrada e o brilho de Michele Pfeiffer e companhia.



Esta Semana, nas Salas:

Multiplex Iguatemi - Sala 4 ( 291 lugares)

13:10; 15:15; 17:20; 19:25; 21:30

Shopping Barra - Barra 1 ( 301 lugares)

13:00; 15:05; 17:10; 19:15; 21:20

Cinemark - Cinemark 5 ( 372 lugares)

14:30; 16:40; 19:; 21:30

sábado, 22 de setembro de 2007

Está Acontecendo!!


Mostra de Filmes - Zero em conduta
Iconoclastas do cinema alemão


De 21 a 27/09/2007

Goethe-Institut (ICBA) e Sala Walter da Silveira
71 3337-0120 filmseminar@salvadorbahia.goethe.org

Programação

Goethe-Institut

21/09 - 19h - O Rei das Rosas - Werner Schroeter - 1984/86
22/09 - 17h - Um dia, Relatório de um Campo de Concentração Alemão 1939 -
Egon Monk - 1965
22/09 - 19h - Gado de corte - Egon Monk - 1962/63
24/09 - 19h - Um sonho ... e o que mais? - Hans Jürgen Syberberg - 1994/95
25/09 - 17h - Curtas de Heinz Emigholz - Schenec-Tady II - 1973/75 Demon. A tradução de
"O demônio da analogia", de Mallarmé - 1976/77 Hotel - 1975/76

Sala Walter da Silveira

21/09 - 15h - O Rei das Rosas - Werner Schroeter - 1984/86
22/09 - 15h - Ludwig II - Hans Jürgen Syberberg - 1972
23/09 - 15h - Eu sou minha própria Mulher - Rosa von Praunheim - 1991/92
24/09 - 15h - Crônica de Ana Magdalena Bach - Jean Marie Straub e
Danielle Huillet - 1967/68
25/09 - 15h - Não-Reconciliados - Jean Marie Straub e Danielle Huillet - 1964/65
26/09 - 15h - Um sonho ... e o que mais? - Hans Jürgen Syberberg - 1994/95
27/09 - 15h - Palermo ou Wolfsburg - Werner Schroeter - 1979/80

Obs.: Alguns filmes têm legendas em espanhol!!


Referência:
http://www.goethe.de/ins/br/sab/pt2595632.htm

Instinto Secreto

O instinto do homem é ainda um resquício primitivo que preocupa e questiona a tal civilidade alcançada por nós. Em Instinto Secreto (Mr. Brooks, EUA, 2007), o eterno conflito entre animal e homo sapiens destaca-se pela violência reprimida por nós civilizados, que é tratada de forma natural e inteligente no filme. Earl Brooks (Kevin Costner) é um bem sucedido empresário, que tem a segurança financeira e a estabilidade familiar que poucos conseguem alcançar. O sucesso, as premiações e a convivência com a alta sociedade americana, no entanto, não conseguem tranqüilizar seus desejos mais íntimos. O desejo da adrenalina, do proibido e a sede de matar.

Em seu encalço, Marshall (William Hurt) é seu super ego, que aconselha, escolhe, previne e o ajuda a cometer os crimes. Aí talvez esteja um ponto de confusão do filme. Marshall é apresentado como seu subconsciente questionador e incitador aos delitos. Entretanto, em alguns momentos de ação que definem o rumo tomado pelo protagonista, ele desaparece, aparentando uma falsa preocupação com aquele que é a razão de sua existência. Ao fugir do conflito com a consciência, o filme, “sem querer”, desloca a noção de super ego para as forças luciferianas, o que é reforçado pela “conversa com Deus” invocada por Earl antes de cada noite de sono.

O filme do diretor Bruce A. Evans tem seu ponto alto, na forma inteligente com que consegue amarrar as sucessões de cena, acrescentando um segredo familiar entre pai e filha que vai apimentar o conflito existencial de Sr. Brooks. Simultaneamente, o cansaço e a agonia por cada morte efetuada faz com que Earl cometa um erro que culminará na perseguição da detetive Tracy Atwood (Demi Moore). Com a polícia cada vez mais perto, e um álibi inesperado, Earl Brooks vê-se obrigado a dar um novo rumo para sua vida. Esta escolha, infelizmente, não acrescenta uma novidade narrativa ao filme, mas é superada pelo suspense e a maneira como apreende a atenção do público.

Mr. Brooks consegue mexer e questionar com nossos impulsos e desejos. Até quando estamos preparados para viver em sociedade e prontos para a civilização imposta é colocado em dúvida pelos efeitos colaterais de uma humanidade imperfeita. Ir ao cinema e refletir sobre nossas crises de consciência é algo urgente na luta social atual, e nossos instintos secretos estão sempre a acrescentar indagações à nossa forma de convivência.


Esta semana, nas salas:

Multiplex Iguatemi - Sala 6 ( 254 lugares)
14:10; 16:40; 19:10; 21:40; 00:05

Shopping Barra - Barra 2 ( 301 lugares)
13:30; 16:00; 18:30; 21:00

Cinemark - Cinemark 2 ( 235 lugares)
16:50; 19:20; 21:50

UCI Shopping Aeroclube - Sala 7 ( 446 lugares)
12:40; 15:10; 17:40; 20:10; 22:40

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A Hora do Rush 3

Uma das boas pedidas que atualmente se encontra em cartaz nos cines de todo o país é o filme ‘A hora do Rush 3’. Dando continuidade ao sucesso adquirido com a primeira e segunda versão, Jackie Chan (que interpreta o agente de Hong Kong Lee) e Chris Tucker (o policial americano Carter) divertem inúmeras platéias com cenas aonde o ingrediente principal é o tom de humor com que eles conduzem as várias situações do filme. Esta comicidade é levada a campo predominantemente em cenas de ação, deixando o espectador impressionado com a velocidade como os fatos são desenrolados.


A história começa quando o embaixador da China, numa conferência para tentar terminar com a onda de crimes que estava ocorrendo no mundo, acaba assassinado pelo irmão de Lee (que faz parte de uma organização criminosa chinesa). A partir daí a dupla vai a Paris para tentar extinguir essa quadrilha. No entanto, as relações conflituosas e o peso de tradições são mostrados no decorrer do filme, fato que juntamente atrelado ao caráter dinâmico e o humor desprendido dos protagonistas fazem com que ‘A hora do rush 3’ seja visto como um grande sucesso de crítica e público. Apesar de a história ser bastante intrigante o que chama atenção neste ou então nos outros filmes da série é a sintonia existente entre Lee e Carter. Os dois se completam e interagem de uma maneira impressionante, fazendo com que as situações fluam e dêem uma dinâmica toda especial ao filme como um todo.

Apesar do tom aparentemente despojado do filme, há cenas aonde se constata mensagens quanto a problemas que acontecem no mundo. Uma das cenas que podem ser citadas é quando a dupla, já em Paris, pega um táxi e o taxista recusa a levá-los justamente pelo fato de Carter ser americano. E nesse meio tempo dá para perceber o ódio que grande parte dos países europeus sente pelos Estados Unidos justamente por causa da fala do taxista. A xenofobia é um ponto que pode ser destacado dentro do conjunto do filme e de inúmeros temas que aí são abordados (mesmo que de maneira implícita).

Referências: http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL100132-7086,00.html