domingo, 20 de julho de 2008

DIA DO AMIGO


Feliz Dia do Amigo a todos os meu amigos!!!
Aqueles que são... Sabem!!
Sou muito feliz por ter a amizade de vocês!!!
Sem ela não poderia viver!!!

Beijos e Abraços!!!

Na foto...
Uma bela amizade do cinema!!!
O filme é incrível!! Não deixem de ver!!
Alfredo e Totó, em Cinema Paradiso.

Falsa Loura


Falso são os caminhos que nos levam à fantasia, ao delírio e ao gozo. Desfrutar a vida é objetivo de todos, ou de quase todos. Na maioria das vezes procuramos àquilo diferente, o que nos surpreenda e provoque uma sensação onírica, que nos faça flutuar. É como as estórias de contos de fadas. A moça pobre... Encontra o artista famoso e eles se apaixonam. Mas na história de Silmara (Rosanne Mulholland), as coisas são bem mais complicadas.

Em Falsa Loura (Brasil, 2007, Dir. Carlos Reichenbach), Rosanne é uma operária da indústria, que vive a rotina comum de ganhar a vida com esforço, sustentar a casa e cuidar do pai ex-presidiário (João Bourbonnais). Pra piorar, Antero não consegue largar a atividade de incendiário, motivo pelo o qual foi preso. Ainda assim, ela tem sonhos maiores. E claro... Ilusões também.

Para se destacar em meio à pobreza e entre todas as funcionárias da fabrica Silmara passa a utilizar sua beleza e sensualidade para chamar a atenção. Não apenas das colegas, mas daqueles que poderiam fazê-la esquecer de onde veio. É assim, entre liderar o “clube da luluzinha” e buscar a participação em um “mundo de estrelas”, que ela acaba encarando a dura realidade de colocar-se no seu devido lugar. De perceber como “eles” a vêem e o que realmente é.

Falsa Loura, através do envolvimento de uma moça pobre, de classe baixa, com dois cantores de relativo sucesso entre a população pobre de São Paulo, mostra o egoísmo, o jogo de valores e os interesses que envolvem as duas partes. A sátira é presença constante no filme, fantasiando a relação de amor com clipes-Karaokê em oportunas pitadas cômicas. O desfecho, como um tapa inesperado, cala-nos... Trazendo a dura e repetida verdade à tona.


Em Exibição:

O Cinemark faz exibição em sua sessão Cinecult. Ficar atento à agenda de filmes.

domingo, 13 de julho de 2008

O Escafandro e a Borboleta

O valor da vida é uma unidade de medida que poucos conseguem mensurar com perfeição ao longo de sua caminhada. Ficam arrependimentos, projetos inacabados, palavras soltas e palavras mudas. Sempre sobra uma aresta, um passo em falso e uma agonia mórbida. É desta reconstrução e valorização que Jean-Dominique Bauby nos fala.

Em O Escafandro e a Borboleta (Le Scaphandre Et le Papillon, França, 2007 ) diretor (Julian Schnabel) e roteirista (Ronald Harwood) conseguiram assimilar bem o mundo em que Bauby estava recluso. De maneira brilhante, seus sentimentos e angústias passam a transbordar da tela. A cada piscada e a cada lágrima que embaça a nossa visão.

Jean-Dominique (Mathieu Amalric, de "Munique") é um jornalista renomado, editor da revista “Elle”. Gozava a vida com liberdade, ateísmo e grandes paixões. De repente, em um virar de segundo, um AVC toma-lhe a vida. Tranca-o em um escafandro, não pode se mexer, falar, se alimentar ou respirar. Tem, no entanto, uma borboleta (sua mente, que funciona com perfeição) para libertar-se. Com ela consegue imaginar e voar para qualquer parte do mundo, até para lugares desconhecidos. O exterior – real e concreto – percebe apenas com seu olho esquerdo, que com uma piscada (sim), ou duas piscadas (não), constrói a sua comunicação. É assim que ele “escreve” o livro homônimo no qual o filme se baseia. Através de um quadro com as letras mais utilizadas, ele ouve, escolhe e vai formando suas palavras, frases e capítulos.

Mais que um apelo de um pai de dois filhos à valorização da vida, O Escafandro e a Borboleta dá um show na utilização da linguagem cinematográfica mais adequada ao entendimento de todo o sofrimento do jornalista. Ao utilizar-se da câmera subjetiva, que através do olho esquerdo mostra-nos não só as cenas, mas a “prisão” em que Bauby está recluso, o filme chama-nos não para assistir, mas para sentir o drama de sua vida. Harmonicamente equilibrado, com trilha sonora precisa e cortes perfeitos, as tomadas passam cada sensação de Bauby: seja a liberdade dos cabelos avoaçados ao vento ou a tristeza, no choro de uma lágrima que anuvia a tela.
Em Exibição na Sala:

terça-feira, 8 de julho de 2008

Sex And The City


Um convite às damas. O sonho e o deleite de grande parte do público feminino... Moda, luxo, liberdade, casamento e filhos... São com estes ingredientes básicos que Sexo e a Cidade (Sex And The City, EUA - 2008) faz um convite ao gosto e à atenção das mulheres. A cada personagem na tela, elas escolhem as características que mais combinam com sua própria personalidade... E se divertem!

Aos homens podem parecer simples tolices do sexo oposto. Irão torcer o nariz e fazer careta. Mas ao final, acabam caindo nas graças das cômicas aventuras encenadas por quatro amigas: Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Charlotte York (Kristin Davis), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Samantha Jones (Kim Cattrall).

Baseado na série de sucesso da HBO, que em seis temporadas produziu 94 capítulos, Sex And The City mostra uma preocupação sempre presente no universo feminino: o casamento. Agora na casa dos quarenta anos, as conversas e reuniões das quatro amigas giram em torno do dilema matrimonial, que, com a decisão de enlace entre Carrie e Mr. Big (Chris Noth), transforma-se no foco de análise e reflexões. Se para Carrie a simples decisão de casar-se ocupa todas as suas atividades, fazendo com que organize uma festa além das expectativas de seu noivo; para Miranda é um simples passo em falso, pois acaba de se decepcionar com seu marido. Já para Charllote, o casamento vai a mil maravilhas, ficando ainda mais excitante com a sonhada visita da cegonha. Samantha, a amiga que já se encontra nos cinqüenta, nem quer ouvir essa palavra... A regra é dedicar-se mais a si mesmo, e nessa proposta, até um relacionamento duradouro de cinco anos será posto a prova.

O filme pode conquistar o humor do público de ambos os sexos, no entanto perde um pouco ao abdicar de um roteiro mais sustentável, que valorizasse os paradigmas sobre sexo e liberdades femininas que a série levou a público e assim garantiu sucesso. Talvez por ter que construir “início” e “fim” de dilemas femininos em apenas 2 horas, o diretor Michael Patrick King (que também dirigiu a série) concentrou-se em dramas específicos (casamento, casa e filhos) e em artifícios de apreensão da atenção: moda, luxo e diversão em excesso. O desenlace da trama parece uma tentativa apressada de colocar os pontos nos “is” e trazer felicidade antes da passagem do elenco. No entanto, as tiradas de Samantha Jones e as engraçadas situações construídas pelas quatro amigas acabam segurando o filme e conquistando o público.


Em exibição nas salas: