quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Romance

Talvez o traço mais forte que carregamos da infância seja a capacidade de sonhar e fantasiar. Antes; criávamos mundos oníricos, povoado por monstros e heróis. Agora; nossa criatividade limita-se a conjecturas sobre duas vias paralelas (será?) da vida: Amor e Profissão.

E se nos vemos perdidos ao ter que decidir sobre um dos dois caminhos, o filme Romance (Brasil, 2008. Direção: Guel Arraes) consegue nos devolver a possibilidade de sonhos esquecidos. Na película... Amor, paixão, profissão e escolhas, permeiam um enredo de construção poética e diálogos precisos; daqueles que qualquer romântico assumido fantasia viver.

Mas, Tristão e Isolda, ou melhor, Pedro (Wagner Moura) e Ana (Letícia Sabatella), sabem que um sentimento recíproco precisa de duras concessões para poder se concretizar. Entre rotinas e atividades profissionais, o casal percebe que a encenação que eles constroem no palco, está bem longe dos desafios enfrentados na vida.

O teatro, para Pedro, é o lugar da arte, onde ele pode expressar livremente o que pensa. Já Ana, permite-se a experiência do trabalho na televisão, o que servirá de mote para o conflito entre os atores.


É também através deste enlace que o diretor Guel Arraes vê a “brecha” para criticar o regime comercial imposto pela tv. Concepção acumulada, após boas produções tanto no cinema, quanto na televisão (A Grande Família - 2004, Lisbela e o Prisioneiro - 2003, O Auto da Compadecida - 2000, TV Pirata - 1988, Armação Ilimitada – 1986). Em boa parte da trama, glória e ostracismo servem de plano de fundo ao “estranho amor” do casal, o que implicará em vaidades, egoísmos, orgulhos e ciúmes tão comuns em uma relação a dois.

Romance, na verdade, não fala de uma ou duas histórias de amor. Fala de essência e circunstâncias; da maneira como a paixão e os relacionamentos amorosos podem ser efêmeros, frágeis, e ao mesmo tempo, intensos. E pra quem acredita na possibilidade de dar certo... Deixa apenas uma opção: a escolha. Até por que... Mesmo para as dúvidas que jazem acima do muro; existe apenas um lado onde cair. Qual é o seu?


Em Exibição nas Salas:
Multiplex Iguatemi - Sala 3 ( 262 lugares)
14:20; 16:30; 18:45
Shopping Barra - Barra 1 ( 301 lugares)
13:45; 16:05; 18:25; 20:45
Cinemark - Cinemark 6 ( 235 lugares)
15:50; 18:00; 20:20; 22:30
UCI Shopping Aeroclube - Sala 3 ( 247 lugares)
14:35; 16:50; 19:10; 21:30

13 comentários:

carol disse...

ainda n assisti o filme

carol disse...

mas gostei muito do seu texto
ein

Unknown disse...

O que expressar a respeito do que li depois de palavras tão bem colocadas? Ao meu ver conseguiu expor por meio de palavras o que transparece no filme:encontros e desencontros amorosos que trazem como pano de fundo a complexidade de uma relação.

Anônimo disse...

Eu ñ assisti o filme, mais estou louca para ver tengo que esperar alguma alma boa postar em algum site para eu baixar pois estou fora do Brasil, Amei o texto e tenho algumas coisas parecidas com esse filme, pois tive um relaciomanento muito lindo e intenso mais no final ele foi fraco muito fraco até chegar no verdadeiro ponto final, mais a vida é assim...fazer o que, né?...mais eu sou uma mulher eternamente apaixonada e acredito no amor e em um principe azul...
Adorei o blog e para meu lindo que amo e que estou morrendo de saudades Victor Seabra um big beijo...sua eterna Taís
ei olha o meu tb...tatazapico.blog.terra.com.br

Profª Amanda Leite Novaes disse...

Tinho, querido...Como vc passeia bem pelas palavras, hein...Adorei o texto. Sem dúvida ele nos convida a prestigiar o filme. Ainda não assisti, mas estou doidinha pra ver já. Parabéns, meu pequeno grande notável! Saudades...Beijão!

Vou Sair Para Ver o Céu - Davi Carneiro disse...

Grande texto irmaozinho ... parabens !!! fiquei ate com vontade de assitir, depois de ler hehehe

Parabens pelo blog ... ja foi pros favoritos com certeza !!!

abraçao

Mima disse...

O meu lado é o de acreditar.

Tive a sorte de não ter dúvida sobre a escolha. Escolhi o amor, rotineiro e insano, quente e frio, louco e mundano.

Rei das palavras! Quando montar meu jornal, te contrato! RS

Lindo blog!

Anônimo disse...

Sonhar... ultimamente tem sido a melhor hora dos meus dias... sonhar acordado... muito bom!!

ainda n vi o filme... adorei a postagem!

Anônimo disse...

Um amor de cinema. A expressão nos remete imediatamente a um amor perfeito, recíproco e feliz, sem questionamentos ou cobranças. Mas o amor de "Romance" é o amor plausível, cheio de dúvidas e desencontros. Ainda intenso; ainda verdadeiro; ainda de cinema, mas de um "cinema real".
E o texto... nos embriaga da incontrolável vontade de ver o filme. Assim como o vinho do amor: impossível não se apaixonar depois de ler/beber.

Anônimo disse...

Esse filme é simplesmente perfeito! AMEI!
É incrível como o amor pode ter várias definições e a posssibilidade de decobrir cada uma delas!

Parabéns pelo texto! Suas palavras alimentaram minha alma.

Beijoka

Anônimo disse...

Parabéns pelo Texto e Blog.
Realmente quando se une atores bons, um diretor empenhado e um roteiro bem escrito é so entrar "sala escura" para ela "clarear os nossos sonhos e fantasias" e assim saímos dela com mundos oníricos em nossas mentes.
Não sei se você já sabe, mas o Guel tem um blog sobre o filme(inclusive ele está postando constantemente)http://www.romanceofilme.com.br/blog/

Lá além de matérias legais tem indicações de filmes, inclusive do excelente Jules et Jim de Truffaut, que foi um dos filmes que influenciaram(segundo o próprio Guel) Romance.
Abraços, parabéns e continuem sempre escrevendo!
Kadu Veiga.

Anônimo disse...

[...]Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois[...]

Só pela trilha sonora já se sabe o que esperar desse belo "Romance", um filme repleto de cenas que tocam a alma...
É um tanto das nossas belas histórias de amor...
Mas será que se amor fosse suficiente, os imprevistos...as contradições...e a tão dita força do destino ou qualquer outro mal entendido..nunca mudaria o rumo de qualquer que fosse a história?
Ou melhor, nós poderiamos dizer a qualquer um que fosse nos perder que "se o amor fosse suficiente, você ainda estaria comigo".
Lindo texto amigo,
Bravo!

Anônimo disse...

Beleza, Victor. Tá escrevendo cada vez melhor, parabéns. Linquei no meu blog, indiquei-o a algumas pessoas interessantes...rs... abr. (carlos)