sábado, 3 de novembro de 2007

Deite Comigo

Como uma mulher ama um homem? ... Deitando-se?

A questão imposta pela frase soa um tanto machista. Claro que a mulher ama seu parceiro querendo-lhe bem... Sendo sua companhia com cumplicidade e afeto. Mas com Leila (Lauren Lee Smith) não tem ocorrido assim. Sua vida afetiva sempre foi traduzida por encontros casuais, efemeridade e prazer extremo. A receita vinha dando certo em seu modo neofeminista de viver, porém, em um destes encontros, seu desejo por sexo pregou-lhe uma peça. Ela conheceu David (Eric Balfour), que a fez perceber e sentir o outro lado da parceria homem/mulher.

Mais que um título-convite, Deite comigo (Lie With Me, Canadá, 2005) nos chama para mergulhar no mundo da libido e da satisfação pessoal/sexual. Propõe exatamente este paradoxo... Até quando o sexo pode responder a todos nossos desejos como homem e como mulher? A partir das "relações de parceria" que Leila constrói, a trama aborda diferentes questões - fidelidade, cumplicidade, companheirismo, sexo e amor - e ilustra com relacionamentos de pessoas ligadas à protagonista, como a separação de seus pais e o casamento de sua prima.

Quando David surge na vida de Leila, ele descobre que a menina ruiva, louca e encantadora, que vivia de forma promíscua, é mais que uma mulher de rosto bonito. Ele sente em suas atitudes e expressões o o descaso e a dúvida imersa em seus atos. Seu jeito diferente e sua atitude corajosa de levar a vida, acaba conquistando David. Mas, seu modo de vida pacato e a perda familiar, solicitará à Leila algo que ela nunca soube dar: cumplicidade e companheirismo. É aí que emerge o conflito do filme.

O diretor Clément Virgo constrói o enredo com o intuito de mostrar o outro lado da natureza feminina. Com erotismo e responsabilidade ele desmitifica o apego e a dedicação da mulher ao parceiro, colocando em questão a relação sexual e as particularidades criadas pelo envolvimento amoroso. Lie with Me nos convida a deitar-se ou até mesmo a mentir, pois, a verdade entre homem e mulher, sexo e amor é um ingrediente que mexe com nossos interesses.

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Um comentário:

Victor Seabra disse...
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